Em meio a informações da Casa Branca sobre a saúde do presidente Donald J. Trump, que foi diagnosticado com Insuficiência Venosa Crônica (IVC), a Associação Americana do Coração trouxe dados importantes sobre essa condição e seus riscos.

    A IVC é um tipo de doença venosa crônica muito comum, principalmente em pessoas mais velhas. Infelizmente, muitos não reconhecem ou tratam essa condição de forma adequada. Existe uma relação forte entre a IVC e o aumento do risco de problemas cardíacos, como doenças cardiovasculares e até morte, independentemente da idade, sexo ou outros fatores de risco existentes.

    Conforme as pessoas envelhecem, as válvulas nas veias das pernas, que ajudam a manter o sangue fluindo em direção ao coração, podem enfraquecer ou até se danificar. Isso causa dificuldades para o sangue retornar, fazendo com que ele se acumule nas pernas e desenvolva a IVC.

    Um especialista em saúde vascular destacou que a IVC pode afetar bastante a qualidade de vida. A detecção e o tratamento precoces da doença podem fazer uma grande diferença. Por isso, é fundamental que as pessoas conheçam os sinais e sintomas da IVC e busquem ajuda médica o quanto antes.

    Os sintomas da IVC incluem inchaço nas pernas, varizes e alterações na pele. Isso pode aparecer como eczema venoso ou dermatite de estase, que são manchas vermelhas, coceira ou escamas. Outras sensações incluem dor, inchaço, cãibras e cansaço nas pernas.

    Recentemente, a secretária de imprensa da Casa Branca informou que o presidente Trump foi diagnosticado com IVC após notar um leve inchaço na parte inferior da perna. Foi reafirmado que não havia sinais de trombose venosa profunda (TVP) e que todos os exames estavam normais.

    A TVP e a IVC estão relacionadas, mas são condições diferentes que afetam as veias, geralmente nas pernas. A TVP é mais grave, caracterizada pela formação de um coágulo de sangue em uma veia profunda. Uma complicação perigosa da TVP é a embolia pulmonar, que ocorre quando um pedaço do coágulo se desloca e vai para os pulmões.

    O tratamento da IVC pode incluir várias abordagens. A terapia de compressão é uma das mais comuns, utilizando faixas, meias elásticas e bombas pneumáticas. O uso de medicamentos anti-inflamatórios ou diuréticos pode ser indicado. Em alguns casos, a intervenção endovascular é uma opção, onde um cateter é inserido por um pequeno corte para remover obstruções nas veias.

    Para diagnosticar a IVC, os médicos utilizam métodos como ultrassom duplex, ressonância magnética (RM) e tomografia venosa. Esses exames ajudam a verificar o fluxo reverso, obstruções ou síndromes compressivas nas veias.

    Nos Estados Unidos, dados indicam que a IVC esteve presente em muitos atendimentos médicos. Em 2022, essa condição foi a principal causa de saída hospitalar em mais de 5 mil casos e apareceu em 234 mil diagnósticos. Também esteve relacionada a 62 óbitos no país nesse ano.

    Além disso, a dor é o sintoma mais frequente, afetando 29% dos pacientes, seguida de inchaço, cansaço e cãibras. As veias “de aranha” aparecem em 7% dos casos e as varizes e alterações na pele em 4% cada. A úlcera de estase é observada em 1% dos pacientes com IVC.

    No fim, é essencial que todos estejam atentos aos sintomas da IVC e busquem orientações médicas sempre que necessário. O conhecimento sobre essa condição pode contribuir para um tratamento eficaz e melhor qualidade de vida.

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