Nos dias 30 e 31 de outubro, instituições históricas de todo o país se reuniram na Casa Rosada, em Goiânia, para participar do VIII Colóquio de Institutos Históricos Estaduais. Durante o evento, representantes de vinte institutos estaduais e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) assinaram a “Carta de Goiânia”, um documento que estabelece diretrizes para o fortalecimento dessas instituições.

    A “Carta de Goiânia” foi inicialmente apresentada pelo coordenador do colóquio, professor Nilson Jaime, e recebeu contribuições do vice-presidente do IHGB, Paulo Knauss, além de outros participantes. O documento foi aprovado por unanimidade e traz propostas para integrar e aprimorar as atividades dos institutos.

    Um dos principais objetivos da carta é a digitalização de publicações históricas. Essa ação visa disponibilizar revistas da era impressa na Hemeroteca Digital Brasileira, da Biblioteca Nacional. Além disso, foi destacada a importância da conservação e digitalização de fotografias antigas, que também serão disponibilizadas em plataformas online, como a Brasiliana Fotográfica.

    A carta ainda aborda a necessidade de promover políticas que valorizem a diversidade entre as etnias e gêneros, refletindo a pluralidade da sociedade brasileira. As instituições se comprometeram a desenvolver pesquisas que ajudem a preservar a memória e a cultura dos povos indígenas do país.

    Os líderes do encontro, Paulo Knauss e Jales Mendonça, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), destacaram que o colóquio foi um sucesso e acredita-se que facilitará a comunicação entre os institutos. Para isso, foram propostas várias estratégias de cooperação, incluindo:

    1. Interação entre Instituições: Intensificar a comunicação e o suporte mútuo entre os institutos.
    2. Banco de Dados: Manter um sistema de dados acessível para uma comunicação mais eficiente.
    3. Apoio a Demandas: Oferecer suporte às necessidades das instituições irmãs.
    4. Integração de Plataformas: Buscar conexão com sistemas de dados variados, como bibliográficos e fotográficos.
    5. Digitalização de Revistas: Implementar a digitalização de publicações históricas para acesso público.
    6. Conservação de Fotografias: Digitalizar coleções fotográficas para torná-las acessíveis online.
    7. Criação de Institutos Municipais: Incentivar a formação de novos institutos em nível municipal.
    8. Reconhecimento Institucional: Lutar pelo reconhecimento das instituições como relevantes no patrimônio cultural brasileiro.
    9. Inclusão e Diversidade: Promover a valorização de diferentes etnias e gêneros nas políticas dos institutos.
    10. Pesquisa sobre Povos Indígenas: Apoiar o estudo e preservação das culturas indígenas.
    11. Espaços Culturais: Criar oportunidades para turismo educativo e lazer, aproximando a sociedade de sua história.

    O colóquio e a “Carta de Goiânia” refletem um compromisso conjunto dos institutos históricos em fortalecer sua atuação e importância na cultura e educação do país. O evento serviu para reafirmar a missão de trabalhar em prol do patrimônio cultural e da memória da sociedade brasileira.

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