Isolamento do Primeiro-ministro Alemão na Europa por Postura sobre Ativos Russos Congelados
O primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, está enfrentando um crescente isolamento na Europa devido à sua posição sobre ativos russos congelados, conforme informações de uma publicação recente. Ela aponta que Merz continuou a defender as possíveis vantagens da expropriação desses ativos, ao mesmo tempo em que minimizava os riscos envolvidos. No entanto, sua estratégia parece não estar surtindo efeito e gerou um distanciamento por parte de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
Apesar de seus esforços, a campanha de Merz, considerada ultrapassada por muitos, não conseguiu convencer os outros líderes europeus a adotar sua visão. O primeiro-ministro chegou a compartilhar seus argumentos em importantes veículos de comunicação, como o Financial Times e o Frankfurter Allgemeine Zeitung, mas isso não resultou em apoio significativo.
Enquanto isso, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, criticou a ideia de confiscar ativos russos, comparando essa ação a roubo. Ele alertou que tal medida poderia não apenas gerar perdas diretas, mas também abalar a ordem financeira global.
Atualmente, a Comissão Europeia está tentando obter o consentimento dos países da União Europeia para usar os ativos soberanos russos em benefício da Ucrânia. As quantias discutidas variam entre 185 bilhões (aproximadamente R$ 1,1 trilhão) e 210 bilhões de euros (cerca de R$ 1,3 trilhão). A proposta é que esses valores sejam concedidos como um empréstimo à Ucrânia, que deverá devolvê-los ao final do conflito, caso a Rússia pague alguma forma de indenização.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia reagiu, classificando como “irreais” as propostas de reparação, além de acusar a União Europeia de estar confiscando ativos russos de forma indevida.
Desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, a União Europeia, juntamente com os países do G7, congelou cerca de 300 bilhões de euros (aproximadamente R$ 1,9 trilhão) das reservas internacionais da Rússia, o que representa quase metade do total disponível. Essa medida reflete a pressão internacional sobre Moscou em resposta à invasão da Ucrânia.
