O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, anunciou durante uma entrevista que o Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas) está passando por uma reestruturação significativa. Essa mudança é necessária devido à grave situação encontrada na instituição, que, segundo Mabel, estava comprometida e dificultava a oferta de serviços de saúde aos servidores.
Ele descreveu o estado do Imas como “crítico” e afirmou que a entidade estava em condições precárias para cumprir suas funções essenciais. Para resolver esses problemas, a administração municipal optou por separar a gestão geral do instituto da condução técnica do plano de saúde. A parte técnica será transferida a uma empresa especializada em gestão de saúde, algo que, segundo o prefeito, é fundamental. Mabel comparou essa decisão à dificuldade enfrentada por grandes operadoras de saúde, como a Unimed e a Hapvida, em administrar planos de saúde, ressaltando que “amadores” como a prefeitura não conseguirão fazer isso sozinhos.
Ele também mencionou que a prefeitura está preparando uma licitação para contratar a empresa que irá assumir a gestão técnica do Imas, permitindo que o governo municipal cuide apenas da administração geral da instituição. Mabel considera esse momento crucial para a recuperação da autarquia, afirmando que esta pode ser a última chance de melhorar o serviço oferecido aos servidores.
Além disso, o prefeito se comprometeu pessoalmente com a reestruturação, garantindo que aqueles que dependem do plano de saúde terão seus benefícios restaurados.
No que diz respeito ao processo de reestruturação, um projeto de lei deve ser finalizado até dezembro, mas só será enviado à Câmara Municipal após o recesso, no início de 2026. O documento já está elaborado e aguarda a assinatura da presidente do Imas, Gardene Moreira, antes de ser encaminhado ao Ministério Público de Goiás, que está atento à crise da autarquia, que enfrenta uma dívida de cerca de R$ 220 milhões.
Gardene afirmou que, embora não haja mudanças drásticas previstas, a reestruturação incluirá alterações na forma de contribuição dos servidores, identificada como um dos principais problemas do modelo atual. Atualmente, os servidores contribuem com 4% do salário e podem incluir seus dependentes no plano, o que causa um desequilíbrio financeiro. Entre as propostas que serão discutidas estão a adoção de uma cobrança que leve em conta a idade dos dependentes, visando tornar o plano mais sustentável.
Assim, o objetivo da reestruturação é assegurar que o plano de saúde se torne viável a longo prazo, já que, com a atual configuração, não é sustentável para a Prefeitura manter o Imas funcionando.
