A NASA anunciou uma descoberta importante feita pelo rover Perseverance em Marte. A missão encontrou uma rocha peculiar que pode ser um meteorito de ferro-níquel. Nomeada de Phippsaksla, essa rocha tem aproximadamente 80 centímetros de diâmetro e se diferencia do terreno plano e fraturado ao seu redor.

    O rover Perseverance está explorando a cratera Jezero desde 2021 e, apesar de ter registrado a rocha em fotos nos dias 2 e 19 de setembro, a revelação da descoberta ocorreu apenas no dia 13 de outubro. Essa demora na comunicação se deve a uma paralisação nos sistemas governamentais dos Estados Unidos, que afetou as operações habituais da NASA.

    Se Phippsaksla for confirmado como um meteorito, será a primeira descoberta desse tipo pelo Perseverance. Para analisar a rocha, a equipe utilizou o instrumento SuperCam, que revelou uma alta concentração de ferro e níquel. Esses elementos são comuns em meteoritos que se originam de grandes asteroides, sugerindo que a rocha não se formou em Marte, mas chegou ao planeta a partir do espaço.

    Meteoritos são comuns em outros planetas, mas na Terra sua detecção é mais difícil. Cientistas estimam que cerca de 48,5 toneladas de meteoritos entram na atmosfera da Terra diariamente, mas a maioria se desintegra antes de atingir o solo. Já foram identificados aproximadamente 60 mil desses fragmentos em nosso planeta, sendo que 175 têm origem em Marte.

    Em Marte, meteoritos de ferro e níquel tendem a resistir às condições adversas e podem ser encontrados em terrenos planos. Desde 2005, a Sociedade Meteorítica reconheceu 15 meteoritos em Marte, todos localizados por rovers. A equipe da NASA acredita que esses objetos resistem à erosão no planeta, o que ajuda a explicar por que eles aparecem em certas áreas.

    Enquanto mais análises são planejadas para determinar a origem de Phippsaksla, o Perseverance continua estudando rochas mais antigas em regiões fora da cratera Jezero. Se a rocha for confirmada como um meteorito, o Perseverance se juntará a outros rovers que já encontraram fragmentos semelhantes em Marte, ampliando nosso entendimento sobre a história geológica do planeta.

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