Na última sexta-feira (31), o Ministério da Saúde promoveu o evento “Amazônia que Cuida, Ensina e Transforma”, em Belém, Pará. O encontro, parte da preparação para a COP30, reuniu gestores, trabalhadores e representantes de instituições de saúde e ensino da Amazônia Legal. O objetivo foi fortalecer estratégias para a formação e valorização dos profissionais de saúde na região.
Felipe Proenço, secretário da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), destacou várias iniciativas destinadas a fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) na Amazônia. O governo federal anunciou um investimento de R$ 200 milhões para essas ações. Entre as medidas apresentadas está o programa “Mais Médicos Especialistas”, que visa trazer 102 novos profissionais para a região até o final do ano. Além disso, há o “Afirma-SUS”, com 31 projetos focados em inclusão e diversidade na formação em saúde, e a ampliação das residências médicas e multiprofissionais, que atualmente conta com 2.481 bolsas e 148 novos programas.
Proenço enfatizou que as ações voltadas para a Amazônia são fundamentais para melhorar a formação dos serviços de saúde e atrair especialistas para áreas que tradicionalmente enfrentam carência de profissionais. Ele afirmou que essa abordagem promove um desenvolvimento sustentável e valoriza a força de trabalho em saúde da região.
O secretário adjunto da SGTES, Jerzey Timóteo, também esteve presente e ressaltou a importância do evento para ouvir as realidades locais, incluindo comunidades indígenas e ribeirinhas. Segundo ele, ouvir essas vozes ajuda a formar profissionais de saúde que respeitam e incorporam os conhecimentos tradicionais, além de melhorar o acesso a cuidados de saúde de maior complexidade.
O evento foi organizado em quatro eixos principais:
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Provimento profissional e fortalecimento da Atenção Primária e Especializada: Discute estratégias para interiorização e fixação de profissionais na região, além de ampliar a presença de especialistas por meio de programas como “Agora Tem Especialistas” e “Mais Médicos”.
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Formação em saúde e especialização profissional: Foca na expansão da formação técnica e das residências, promovendo a integração entre ensino e serviço, e valorizando as práticas locais.
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Fazer saúde na Amazônia Legal: desafios e singularidades do trabalho: Aborda as condições de trabalho, deslocamentos, infraestrutura e a valorização dos profissionais, incluindo a implementação do piso salarial da enfermagem.
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Saúde, educação e saberes tradicionais: Enfatiza a troca de conhecimentos entre a medicina ocidental e as práticas ancestrais da região.
O evento se destacou como um passo importante para o fortalecimento da saúde na Amazônia, buscando soluções específicas para os desafios enfrentados pela população local.
