O grupo Armani anunciou com profunda tristeza o falecimento de Giorgio Armani, seu fundador e principal impulsionador. Segundo a nota da empresa, Armani faleceu tranquilamente, rodeado por familiares e amigos. Ele trabalhou até os últimos dias, dedicando-se intensamente à sua marca e aos projetos em desenvolvimento.

    Giorgio Armani começou sua trajetória profissional em um novo emprego onde teve contato com diferentes tecidos e a produção têxtil. Com essa experiência, ele trabalhou para empresas renomadas como Zegna e Valentino. Em 1975, decidiu fundar sua própria marca, desafiando os padrões estabelecidos na indústria da moda.

    Em uma entrevista, Armani comentou sobre a percepção da moda masculina em relação a materiais como seda e linho, que eram considerados exclusivos para o vestuário feminino. Ele buscou criar roupas que refletissem sua visão de estilo, atendendo a homens que se sentiam pouco representados pela formalidade das gerações anteriores.

    Em 1981, ele lançou o Empório Armani, que trazia um estilo refinado, mas com preços mais acessíveis. A linha Armani Jeans também foi introduzida nesse período, junto com a inauguração da primeira loja em Milão e o lançamento da linha de perfumes no ano seguinte. Na década de 1980, a marca se destacou nas capas de revistas, passarelas, filmes e na cultura global.

    Armani recebeu reconhecimento significativo por seu trabalho. Em 1986, apenas alguns anos após o lançamento de sua marca, foi condecorado com uma medalha de mérito, a maior honraria italiana. Desde então, ele diversificou sua marca, lançando linhas de hotéis, automóveis, óculos, relógios e joias, sempre mantendo uma conexão com questões sociais.

    Apesar da expansão do grupo, que hoje conta com diversas linhas e operações em mais de 60 países, Armani sempre esteve à frente de sua marca. Ele supervisionava pessoalmente as campanhas publicitárias, vitrines e convites para desfiles. Até o fim de sua carreira, ele se manteve envolvido nos ajustes de suas criações no ateliê.

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