O ex-jogador Vitor Hugo Manique de Jesus, novo proprietário do Monsoon, recebeu a imprensa na última segunda-feira no gramado do Caponense Futebol Clube, em Capão da Canoa. Ele assumiu a diretoria do clube há dois meses, em um momento de grande dívida e dificuldades.

    Economicamente, o Monsoon enfrenta uma dívida de aproximadamente R$ 7 milhões. Vitor Hugo fez observações críticas sobre a gestão anterior, ressaltando que o indiano Sumant Sharma, mecenas do clube entre 2021 e 2024, investiu cerca de US$ 5 milhões (equivalente a R$ 27 milhões) sem deixar uma estrutura sólida, resultando em apenas um número de CNPJ e muitas contas a pagar.

    Vitor Hugo assegurou que está comprometido em quitar todas as dívidas trabalhistas de atletas e funcionários que não receberam. No entanto, ele não apresentou um cronograma específico para regularizar esses pagamentos.

    O Monsoon está se preparando para a temporada do Gauchão 2026, que começa no dia 10 de janeiro. Atualmente, a equipe conta com 30 jogadores, todos contratados após a chegada de Vitor Hugo ao clube. Paulo Baier, um ex-jogador, é o técnico. O novo CEO não revelou o valor da folha de pagamentos, mas acredita que seja uma das mais baixas do campeonato.

    Durante a entrevista, Vitor Hugo explicou os motivos que levaram sua aquisição do Monsoon. Ele viu a compra como uma oportunidade, já que o clube já superou as divisões inferiores e conseguiu acesso à elite do futebol gaúcho. Além disso, Vitor Hugo mencionou sua intenção de trazer o clube para Capão da Canoa, que ainda necessita de representatividade na primeira divisão.

    Em resposta à situação financeira, Vitor Hugo afirmou que o clube tem um prazo de 24 meses para organizar suas contas, sem a obrigação de pagar as dívidas imediatamente, mas se comprometeu a buscar o pagamento na melhor forma possível. Ele reconheceu a má gestão anterior e comentou que o clube deveria ter utilizado bem os fundos recebidos, em vez de deixar a atual administração enfrentando uma dívida tão alta.

    No que diz respeito ao futuro do clube, o CEO assegurou que o Monsoon vai continuar suas atividades independentemente do desempenho em campo, embora tenha a expectativa de lutar por resultados significativos. Ele se descreveu como uma pessoa que preza pela vitória e que tem uma equipe altamente motivada ao seu redor.

    Em questões de infraestrutura, o clube mandará seus jogos no Estádio Passo D’Areia, em Porto Alegre. Vitor Hugo confirmou planos de construir um centro de treinamento e uma arena multiuso em Capão da Canoa, firmando parceria com a prefeitura local, o que beneficiaria não apenas o Monsoon, mas também a comunidade.

    Em relação aos pagamentos, o novo CEO afirmou que os atletas estão com salários em dia e que a nova gestão já está recebendo apoio de patrocinadores, que reconhecem a mudança na administração. Vitor Hugo destacou a sua responsabilidade em quitar as dívidas da gestão anterior e afirmou estar comprometido em resolver esses problemas o mais rápido possível.

    A equipe inicia sua trajetória no Gauchão e Vitor Hugo demonstra determinação em trazer novos patrocinadores e desenvolver o clube de maneira sustentável.

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