O Desaparecimento de Marilyn Bergeron

    No dia 17 de fevereiro de 2008, Marilyn Bergeron comunicou aos pais que iria sair para dar uma caminhada. Quase duas décadas se passaram e ela ainda não voltou. Aos 24 anos, Marilyn havia se mudado de volta para casa dos pais em Quebec City, pois não se sentia segura vivendo sozinha.

    Comportamento Estranho Antes do Desaparecimento

    Marilyn trabalhava como assistente de vendas em uma loja de música e sonhava em se tornar comissária de bordo. No final de 2007, sua atitude mudou. Um amigo, Jonathan Gauthier, encontrou-a em sua casa em um estado de tristeza profunda. Ele a convidou para uma festa, mas ela parecia ansiosa e, ao chegar em casa, chorou muito.

    Gauthier tentou compreender por que ela estava tão mal. Perguntou se havia presenciado um crime e Marilyn respondeu: “Não, é pior. Você não pode imaginar o que eu passei.” Seu comportamento indicava que algo a perturbava, mas ela se negou a dar detalhes.

    No mês seguinte, revelou aos pais que estava com medo de viver sozinha. Eles tentaram entender o problema, mas quando a mãe perguntou se havia sofrido algum tipo de agressão, ela se emocionou e não respondeu.

    Mudança Repentina e Desaparecimento

    No dia 10 de fevereiro de 2008, Marilyn deixou seu apartamento em Montreal, decidindo voltar a viver com seus pais. No dia 16, estava definitivamente em casa. No dia seguinte, saiu para a caminhada e deixou seu documento de identidade para trás, levando apenas um cartão de crédito.

    Pela manhã, às 11h, imagens de uma câmera de segurança mostraram Marilyn tentando sacar R$ 60,00, mas a transação foi negada. Ela parecia nervosa e olhava ao redor antes de sair rapidamente do local.

    Mais tarde, às 16h, ela foi vista comprando um café em uma cafeteria a cerca de 20 km de casa, sendo essa a última aparição confirmada. Os pais reportaram o desaparecimento à polícia, que não encontrou mais indícios, além do vídeo e do registro do cartão de crédito, que não foi utilizado após essa compra.

    A Esperança Surge

    Nos primeiros dois anos, as buscas foram intensas, mas sem sucesso. A família e a polícia já consideravam a possibilidade de que Marilyn estivesse morta. Porém, em 2010, um casal se lembrou de ter visto uma mulher que se parecia com ela. Em dezembro de 2009, eles haviam acordado com alguém batendo à sua porta à noite. A mulher, em lágrimas, pediu para usar o telefone e acabou saindo após não conseguir contato.

    Se aquela mulher fosse realmente Marilyn, isso significaria que ela estava viva quase dois anos após seu desaparecimento e poderia, possivelmente, ter escolhido começar uma nova vida.

    Outras Possibilidades

    Com o passar do tempo, outras pessoas relataram ter visto Marilyn. Um homem afirmou que a encontrou com uma companhia em Ontario. Clientes de um restaurante também disseram ter visto a jovem, mas esses relatos nunca foram confirmados. Ninguém, nem a polícia nem a família, a encontrou desde 2008.

    A mãe de Marilyn, Andrée Béchard, fez um apelo em uma coletiva em 2022, enfatizando que, se a filha quisesse começar uma nova vida e ser deixada em paz, respeitariam sua decisão. Entretanto, ela ainda deseja encontrar respostas: “Se perdemos nossa filha, precisamos saber disso, precisamos pôr um fim a este pesadelo.”

    A Luta Continua

    Após mais de 17 anos do desaparecimento de Marilyn, seus familiares continuam acreditando que ela ainda pode estar viva. Eles esperam que novas tecnologias e métodos policiais possam trazer à tona informações que ajudem a elucidar o caso um dia.

    “Mortos ou vivos, queremos saber”, disse Andrée, refletindo a dor e a esperança que permanecem na família. A busca por Marilyn não é apenas por um corpo ou um sinal, mas por um fechamento em meio à incerteza.

    Com a atenção voltada para seu desaparecimento, as pessoas se questionam sobre o que realmente aconteceu com Marilyn Bergeron. O caso é uma lembrança das complexidades do comportamento humano e das circunstâncias que podem levar uma pessoa a desaparecer sem deixar rastros.

    Continuamos a aguardar por respostas a essa história intrigante e dolorosa, que nos faz refletir sobre a vida e a segurança de cada um de nós.

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