Nos últimos cinco anos, realizei o ritual de evocação de arcanjos, descrito no material “Arcanjos da Magia”, cerca de vinte vezes. Este ano, fiz isso com mais frequência, mas não senti a presença de outros arcanjos, exceto a de Haniel. Essa conexão sempre ocorre nos rituais relacionados a Vênus, que me fazem sentir algo no ambiente.
Ultimamente, tenho duvidado até mesmo dessa percepção. A sensação que tenho pode estar ligada à luz da vela rosa e à atmosfera aconchegante que lembra um espaço acolhedor. Embora eu não faça jejum antes dos rituais, sigo alguns passos que considero importantes.
Procuro realizar o ritual no dia apropriado, preferencialmente na hora certa. Além disso, limpo meu quarto e tomo um banho. Embora eu fume, escovo os dentes antes de começar. Acendo incenso e velas, e deixo que a melodia dos cânticos me leve a um estado de transe. Costumo gastar mais de uma hora nesse processo.
Sinto que o universo não é obrigado a me responder, mas estou enfrentando um momento difícil e gostaria de receber um sinal dessas manifestações divinas. Algumas pessoas dizem que o material que estou usando é de baixa qualidade. No entanto, há quem afirme que as práticas desse livro realmente trazem resultados.
Se isso for verdade, os rituais de evocação deveriam funcionar e proporcionar uma conexão real. Para mim, o ritual acaba sendo uma forma de meditação. Ele me relaxa como qualquer outra prática meditativa. É um momento de introspecção e tranquilidade.
Não carrego a frustração de rituais anteriores que não deram certo. Em cada nova experiência, mantenho a expectativa de que a presença dos arcanjos se manifestará. Então me pergunto: o que será que estou fazendo de errado? O que pode estar faltando para a conexão acontecer?
É importante entender que cada prática é única e pode variar de pessoa para pessoa. O ambiente, a mentalidade e o estado emocional podem influenciar muito na experiência. Muitas vezes, o que encontramos fora reflete o que está dentro de nós. Se estamos abertos e receptivos, aumentamos nossas chances de perceber algo novo durante o ritual.
A criação de um ambiente propício é fundamental. Além da limpeza física do espaço, é interessante cuidar da limpeza energética. Isso pode incluir a queima de ervas ou a utilização de cristais que nos ajudam a elevar a vibração do local. Um espaço sagrado pode criar um ambiente mais favorável para a conexão com o divino.
A intenção também desempenha um papel crucial. Ao definir claramente o que buscamos, aumentamos as chances de que o ritual tenha um desfecho positivo. Precisamos estar certos sobre nossas motivações e desejos. Às vezes, a ansiedade em querer resultados pode interferir na nossa capacidade de relaxar e abrir o coração.
A prática constante é uma maneira de se aprofundar nos rituais. Quanto mais vezes nos dedicamos a isso, mais podemos compreender o que funciona melhor para nós. A repetição e a introspecção podem também trazer novas perspectivas sobre a prática e a nossa relação com os arcanjos.
Além disso, é sempre bom lembrar que a paciência é vital. Muitas vezes, esperamos resultados imediatos e podemos nos frustrar se não os obtivermos. A verdadeira conexão espiritual muitas vezes requer tempo e uma atitude de entrega. A nossa caminhada espiritual é um processo contínuo.
Podemos expandir nossos conhecimentos sobre a tradição dos arcanjos e sobre como eles interagem com o mundo. Estudar e explorar outros relatos pode enriquecer a nossa prática e nos ajudar a entender melhor o que ocorre durante os rituais. O aprendizado e a curiosidade são aliados na busca por respostas.
Outro aspecto a considerar é a própria receptividade. Estar aberto a diferentes formas de comunicação pode facilitar a conexão. Por vezes, esperamos indicações dramáticas, mas as mensagens podem vir de maneiras sutis, como pensamentos, sentimentos ou sincronicidades que percebemos no cotidiano.
E, por fim, lembrar que cada pessoa tem sua própria jornada espiritual. Comparar-se com a experiência alheia pode gerar insegurança. O que funciona para uma pessoa pode não funcionar da mesma maneira para outra. Cada ritual é uma oportunidade de autoconhecimento e crescimento.
Refletir sobre o que buscamos e como podemos ajustar a nossa prática é essencial. Ao invés de se deixar levar pela dúvida e frustração, é mais produtivo observar o que cada ritual traz de novo e como podemos melhorar continuamente a nossa conexão. A espiritualidade é uma jornada pessoal e única para cada um de nós.
Portanto, ao continuar essa prática, busque a autocompaixão e a compreensão de que a busca por conexão é válida em si mesma, independentemente dos resultados.
