Iniciativa em Goiás busca melhorar gestão hospitalar e reduzir superlotação
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) promoveu nesta quarta-feira (12/11) uma oficina no Complexo Oncológico de Referência do Estado, com o intuito de padronizar indicadores assistenciais e operacionais nos hospitais de internação prolongada. O evento contou com a participação de diretores e gestores de sete unidades de saúde, além de representantes da própria secretaria.
Essa ação é parte da ampliação do Command Center MV, uma ferramenta que permite o monitoramento em tempo real de dados hospitalares, contribuindo para uma gestão mais eficiente. Originalmente implementado em 18 hospitais de urgência e emergência, o sistema agora se estende para unidades que atendem pacientes por períodos mais longos.
Amanda Limongi, superintendente de Políticas e Atenção Integral à Saúde da SES-GO, destacou a importância do Command Center, que utiliza informações do prontuário eletrônico para criar painéis que mostram indicadores estratégicos, como tempo de atendimento e ocupação de leitos. “Estamos criando reuniões rápidas, chamadas huddles, para alinhar as equipes e desenvolver planos de ação que promovam melhorias contínuas”, explicou Amanda.
A oficina foi conduzida pelo médico e consultor em fluxos hospitalares, Dr. Welfane Cordeiro Junior, que apresentou os indicadores a serem adotados pelos hospitais. “Hoje, definimos os parâmetros que essas unidades seguirão. O próximo desafio é adaptar o sistema para as realidades dos hospitais que trabalham com internação prolongada”, disse o consultor.
Ele ressaltou que o Command Center proporciona uma visão integrada da rede hospitalar, permitindo identificar em tempo real áreas com superlotação e leitos disponíveis. “A ideia é que o sistema informe onde há necessidade de intervenção, facilitando a ação da Secretaria”, acrescentou.
A SES-GO informou que o Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) será o primeiro a implementar os novos indicadores ainda neste mês. Outros hospitais, incluindo o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e o Complexo de Saúde Mental Prof. Jamil Isse (Cresm), devem iniciar a transição até dezembro.
A expectativa é que, com a conclusão dessa implantação, a Secretaria consiga um sistema de gestão unificado, baseado em dados, promovendo mais eficiência e organização na rede hospitalar do estado. “A partir de 15 de dezembro, todas as unidades participantes já terão seus relatórios e planos de ação em funcionamento, o que irá melhorar a performance e a gestão de leitos em Goiás”, finalizou Amanda Limongi.
