Nesta sexta-feira, 28, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlin. Essa reunião destaca a aproximação da Hungria com a Rússia em um momento em que a União Europeia tenta isolar Moscou devido à guerra na Ucrânia.

    Orbán, considerado um dos líderes mais próximos de Putin na União Europeia, reiterou a importância das importações de energia russa para o seu país. Ele afirmou que “a energia russa é fundamental para o abastecimento energético da Hungria”. Esse posicionamento ocorre em um contexto em que outros países europeus têm reduzido sua dependência do petróleo e do gás russos como resposta às tensões geopolíticas.

    Recentemente, Orbán também obteve uma isenção de sanções dos Estados Unidos para as empresas russas Lukoil e Rosneft. Ele destacou que essa medida garante que a Hungria consiga manter um fornecimento de energia a preços acessíveis durante o inverno do Hemisfério Norte e também em 2026. Enquanto a maioria dos países europeus busca alternativas energéticas, a Hungria manteve e até ampliou suas compras de energia da Rússia, argumentando que isso evita um possível colapso econômico.

    Durante o encontro, Putin elogiou a postura de Orbán em relação à guerra na Ucrânia, caracterizando-a como “equilibrada”. A expectativa agora cresce em torno de novas negociações que devem acontecer na próxima semana. O enviado do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Steve Witkoff, irá a Moscou para discutir um plano de paz que tem gerado debates, especialmente por ser considerado favorável a interesses russos. O Kremlin já confirmou que recebeu os principais pontos dessa proposta, atualizada após reuniões entre Estados Unidos e Ucrânia.

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