Quatro presidentes americanos morreram em exercício, começando por Abraham Lincoln em 1865

    Além deles, outros presidentes faleceram por causas naturais, como ataques cardíacos e derrames. William McKinley, ao visitar a Exposição Pan-Americana em Buffalo, Nova York, em 6 de setembro de 1901, não imaginava que sua presença se tornaria um marco na história. Ele foi ao evento para conhecer novas tecnologias e fazer um discurso sobre comércio. Contudo, ao ser baleado pelo assassino Leon Czolgosz, McKinley se tornou um dos oito presidentes que morreram enquanto estavam no cargo.

    Até a morte de McKinley, quatro outros presidentes já haviam falecido antes do término de seus mandatos. Dois foram assassinados e dois morreram de causas naturais. Ao longo do século seguinte, três presidentes adicionais perderiam a vida no exercício da função.

    A seguir, conheça as histórias dos presidentes que faleceram enquanto estavam em seus mandatos e as mudanças que isso trouxe para a nação.

    William Henry Harrison: o presidente que morreu em semanas

    William Henry Harrison é lembrado principalmente por sua morte. Ele era um herói de guerra, conhecido como “Tippecanoe”, e foi eleito em 1840 após uma campanha intensa contra Martin Van Buren. Durante a disputa, Harrison enfrentou piadas sobre sua idade, já que tinha quase 70 anos. Um ataque de um jornal sugerindo que ele se aposentasse em uma “cabana de toras” com um “barril de sidra” o tornou mais popular entre os eleitores do que Van Buren, que era visto como desconectado.

    Ironia do destino, Harrison vinha de uma família privilegiada, enquanto Van Buren tinha raízes mais humildes. Ainda assim, Harrison venceu com uma grande margem. Preparando-se para assumir a presidência, seu mandato teve início em março, pouco após seu 68º aniversário.

    Em 4 de março de 1841, dia da posse, Harrison fez o discurso inaugural mais longo da história dos EUA, com 8.445 palavras, que levou quase duas horas para ser pronunciado, sem luvas ou chapéu, no frio de Washington, D.C. Apesar da sua longa fala, seu tempo no cargo seria o mais curto da história americana.

    Semanas depois, em 27 de março de 1841, surgiram notícias de que o novo presidente havia contraído uma doença. Apenas dias depois, em 4 de abril, William Henry Harrison faleceu.

    Os médicos relataram que Harrison teve um “calafrio e outros sintomas de febre” que evoluíram para pneumonia. Por conta da sua idade, os doutores hesitaram em realizar tratamentos mais agressivos, como a sangria, mas administraram opióides e laxantes. Após sofrer de “diarreia profusa”, o presidente morreu.

    Sua morte gerou uma era de incertezas, já que ninguém havia falecido no cargo antes. Havia um debate sobre se o vice-presidente, John Tyler, deveria ser considerado um “presidente interino” até novas eleições. Porém, Tyler tomou a frente e se manteve firme como presidente, estabelecendo um importante precedente para o poder do vice-presidente.

    Com o passar do tempo, surgiu a crença de que Harrison morreu de pneumonia após seu longo discurso de posse. No entanto, alguns estudiosos argumentam que ele pode ter contraído febre entérica ou tifóide devido à água contaminada de Washington, D.C. Eles apontam que não estava tão frio no dia da sua posse (cerca de 8 graus Celsius) e que os sintomas surgirem três semanas depois parece improvável.

    Independentemente da causa, William Henry Harrison se tornou o primeiro presidente americano a morrer em exercício, mas certamente não seria o último.

    Outras mortes presidenciais

    Após Harrison, outros presidentes também faleceram durante seus mandatos, cada um marcando a história de maneiras distintas. Vamos conhecer mais dessas histórias.

    James A. Garfield

    James A. Garfield foi assassinado em 1881, apenas seis meses após assumir a presidência. Ele foi atingido por um tiro e, apesar de sobreviver à cirurgia inicial, uma infecção resultante da má higiene dos médicos resultou em sua morte. Ele virou um símbolo da luta pela reforma das práticas médicas e se tornou um martírio por causa da corrupção política da época.

    William McKinley

    William McKinley, já mencionado anteriormente, sofreu um atentado em 1901. Ele havia sido reeleito e estava no auge de sua popularidade. Sua morte abalou o país e levantou discussões sobre a segurança dos presidentes. Após essa tragédia, melhoraram os protocolos de segurança em torno da presidência.

    Franklin D. Roosevelt

    Franklin D. Roosevelt, um ícone da história americana, morreu em 1945 por causa de um derrame. Ele havia liderado o país durante a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Sua morte deixou o país em luto e George W. Bush, seu vice, teve que assumir em um momento crítico, o que demonstrou a importância da continuidade do governo.

    John F. Kennedy

    John F. Kennedy foi assassinado em 1963, o que chocou a nação profundamente. Seu governo era simbolizado pela esperança e promessas de mudanças. A morte de Kennedy levou a uma era de incerteza e medo, e o luto foi profundo. Ele se tornou um ícone da história americana, e sua morte ainda é objeto de muitas teorias e discussões.

    Conclusão

    A morte de presidentes em função impactou profundamente a história americana e moldou a forma como o país lida com a sucessão presidencial. Cada caso trouxe luz a questões importantes sobre saúde, segurança e a maneira como o governo se adaptou a eventos inesperados. Estas histórias servem como um lembrete de que, mesmo em altos cargos, a vida é frágil e pode mudar rapidamente.

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