Bucareste — O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, anunciou nesta quinta-feira que a aliança militar superou a Rússia na produção de munição, encerrando uma vantagem histórica da Moscou. O comunicado foi feito durante um fórum da indústria de defesa da OTAN, realizado em Bucareste, na Romênia.

    Rutte destacou que, até recentemente, a Rússia produzia mais munição do que todos os aliados juntos, mas essa situação mudou. Essa alteração representa uma mudança significativa na capacidade industrial da OTAN, atribuída à construção de novas fábricas de munição na Europa e nos Estados Unidos.

    Impacto na Ucrânia e na dissuasão

    O aumento na produção de munição deve ter um impacto relevante na situação na Ucrânia. A aliança espera que essa maior capacidade de produção ajude a resolver a escassez de munição que as forças ucranianas enfrentam no conflito. Além disso, isso fortalece a dissuasão da OTAN, permitindo que os aliados mantenham operações em longo prazo, algo essencial em guerras prolongadas.

    A viragem industrial

    Essa evolução é resultado da ativação de novas linhas de produção, especialmente voltadas para a artilharia. Nos Estados Unidos, novas instalações estão em funcionamento, enquanto a Europa lançou a iniciativa “Act in Support of Ammunition Production”, com o objetivo de produzir até dois milhões de projéteis por ano até o final de 2025.

    Mensagem estratégica

    Apesar da Rússia ainda ter uma força considerável em seu setor militar, a declaração de Rutte indica uma mudança importante nas prioridades da OTAN. O foco agora não é apenas na defesa, mas em aumentar a produção de armamentos em ritmo acelerado. Essa autossuficiência industrial se torna uma parte central da estratégia de dissuasão da aliança, reforçando sua capacidade de resposta em tempos de conflito.

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