Isabel Fernandes, farmacêutica e doutoranda da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), está realizando uma pesquisa inovadora sobre novas formas de tratamento para o câncer. Natural de Itapetim, no Sertão pernambucano, ela investiga como a ausência de gravidade, conhecida como microgravidade, influencia o comportamento de partículas, células e proteínas. O trabalho pode levá-la a participar de uma missão espacial da Space Exploration and Research Agency (SERA).

    O foco da pesquisa é entender como medicamentos, especialmente aqueles baseados em nanopartículas, se comportam em um ambiente sem a influência da gravidade. Isabel explica que tudo o que conhecemos na Terra é afetado pela gravidade, e ao estudá-los em microgravidade, é possível observar fenômenos que normalmente ficam ocultos.

    Durante os experimentos, a equipe busca saber como os processos biológicos e os medicamentos se organizam de maneira diferente quando a força gravitacional é quase inexistente. As pesquisas em microgravidade têm o potencial de revelar interações moleculares que não são visíveis na Terra, como reações químicas que se tornam mais equilibradas e a estabilidade das nanopartículas, fatores que são cruciais para desenvolver medicamentos mais eficazes.

    Um dos pontos importantes do estudo é a cristalização de proteínas, um processo essencial na criação de fármacos. Na gravidade terrestre, as moléculas tendem a se “afundar”, dificultando a visualização. Em microgravidade, as proteínas ficam suspensas e conseguem se alinhar de maneira mais organizada, o que permite uma análise mais precisa das estruturas e dos efeitos dos medicamentos.

    Para realizar parte dessa pesquisa na Terra, Isabel e sua equipe utilizam simuladores de microgravidade desenvolvidos em parceria com o Instituto Keizo Asami, o Instituto de Redução de Risco e Desastre e a Universidade Politécnica da Cataluña. A intenção é levar os experimentos ao espaço, onde poderão ser expostos à microgravidade real por um período de seis a oito minutos. Isso permitirá validar os resultados obtidos em laboratório, tornando a pesquisa mais confiável.

    Isabel também destaca que, ao validar os experimentos, será possível desenvolver novos medicamentos e até aplicar as descobertas em outras áreas além da farmacêutica.

    Outro aspecto importante da pesquisa de Isabel é seu desejo de inspirar futuras gerações de cientistas, especialmente mulheres do Nordeste e do Sertão, assim como ela. Ela acredita que a ciência deve ir além dos laboratórios e ter um impacto direto na sociedade. “Se não tirar isso da academia, acaba sendo uma busca em vão. A ciência precisa ter um retorno social”, afirma.

    Atualmente, Isabel busca apoio do público para avançar na competição da SERA. Para isso, a interação nas redes sociais é fundamental, pois as classificações dependem do engajamento digital. Os interessados em ajudar podem segui-la e interagir em suas redes sociais. O objetivo é que Isabel consiga se manter entre os dez primeiros colocados do país, o que garantirá sua participação na próxima fase da missão.

    As redes sociais de Isabel são:
    – Instagram: @isabelfernandes_farma
    – TikTok: @isabel.fernandes577.

    Ao apoiar seu trabalho, o público pode contribuir para avanços na pesquisa e, potencialmente, na luta contra o câncer.

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