Você já percebeu que, às vezes, estraga algo bom sem entender o porquê? E se a verdadeira luta estiver dentro de você? Neste texto, você vai entender como a autossabotagem age de forma silenciosa e como isso impede seu crescimento. Quer saber como quebrar esse ciclo? Então, continue aqui e descubra os insights que podem fazer a diferença!
Imagine que você conseguiu o emprego dos sonhos. Após algumas semanas, vê que está sempre se atrasando. Conhece alguém que te trata bem, mas acaba arrumando briga por bobagem. Mesmo tendo uma meta clara, você procrastina e acaba perdendo o prazo. Sempre que algo bom parece estar por vir, você encontra uma maneira de estragar tudo.
Essa é a autossabotagem. É um padrão que opera em silêncio, fazendo você agir contra si mesma sem perceber. E o pior: você se queixa dos resultados, mas continua a repetir comportamentos que te levam ao fracasso.
A autossabotagem não significa que você é fraca, burra ou preguiçosa. Ela surge quando parte de você não acredita que merece o que conquistou. Há uma desconexão entre onde você quer ir e o que seu inconsciente acredita que você merece. Para essa parte, pode parecer mais seguro continuar na zona de conforto.
Se você cresceu ouvindo que não era boa o suficiente ou que era melhor não sonhar alto para não se decepcionar, seu cérebro gravou isso como verdade. Mesmo anos depois, quando você tenta mudar, essa voz interna ainda sussurra que você não pertence àquele novo lugar. Para validar essa ideia, você acaba sabotando suas conquistas.

As formas de autossabotagem muitas vezes são sutis. Ninguém acorda falando: “hoje, eu vou arruinar tudo”. Você pode simplesmente esquecer de responder um e-mail importante, brigar com seu parceiro antes de um evento planejado, gastar o dinheiro reservado para um curso ou até comer demais na véspera de uma dieta. Sempre aparece uma desculpa, mas o padrão se repete.
Outro clássico é o perfeccionismo. Você quer que tudo saia perfeito e, por isso, nunca inicia. Fica planejando, pesquisando, sempre esperando o momento ideal que nunca chega. Sem tentar, você cria uma proteção contra o fracasso. Mas a verdade é que a omissão também traz resultados: falhar por não tentar!
Tem ainda a autossabotagem pela comparação. Você olha para quem já conquistou o que almeja e fica pensando que nunca vai conseguir. Em vez de se inspirar, você desiste antes mesmo de iniciar. A conclusão é sempre a mesma: “não dá pra mim”. Essa postura tira sua motivação.
Relacionamentos são outro terreno fértil para a autossabotagem. Quando alguém te trata bem, você desconfia. Fica esperando a pessoa mostrar um defeito ou ter uma intenção oculta. E, na falta disso, acaba provocando conflitos e distanciando a pessoa. Assim, quando ela vai embora, você se sente aliviada, achando que estava certa, e prefere terminar de um jeito que não te coloque em risco.
Mas por que essas coisas acontecem? A resposta é simples: medo. Medo de não conseguir manter o sucesso, medo de decepcionar as expectativas, medo de que, ao tentar e falhar, você confirma a ideia de que não é boa o suficiente. Assim, é mais fácil sabotar do que se arriscar a descobrir de verdade onde estão seus limites.

Outro ponto importante é a identificação. Se você sempre foi vista como “a que sofre”, “a coitada”, “a que não tem sorte”, ter sucesso pode te deixar confusa. Quem é você sem essa imagem? Com isso, você volta a comportamentos antigos, pois são familiares. Você sabe como ser infeliz, mas não tem experiência em ser realizada.
Como reconhecer que está se sabotando? Fique atenta aos seus padrões. Quando as coisas começam a melhorar, como você age? Então, observe quando age contra seus próprios interesses. Note quando inventa desculpas para não fazer o que disse que queria, ou ainda se compara aos outros para justificar sua inatividade.
Sinais de autossabotagem incluem: começar coisas e não terminar, criar problemas onde não existem, priorizar o urgente em vez do importante, buscar validação externa e depois rejeitar, e ter dificuldade de celebrar pequenas vitórias porque sua mente já está no próximo problema.
Para romper esse ciclo, é preciso ter uma honestidade brutal consigo mesma. Admitir que você é sua própria inimiga. Não se trata do universo te impedindo, de azar ou de outros. É você que precisa se dar conta de que está escolhendo, mesmo sem querer, permanecer onde está.
O próximo passo é investigar a origem desse padrão. Quais crenças você tem sobre si mesma? O que aprendeu sobre sucesso, merecimento e felicidade? Pense em quem você acha que vai perder se decidir mudar a sua vida. Essas respostas geralmente estão enraizadas na sua história familiar e nas mensagens que você ouviu ao longo da vida.
Depois, vem a parte mais desafiadora: agir de maneira diferente, mesmo com medo. Realizar a ação que muito provavelmente precisa ser feita, mesmo quando a voz interna tenta te desanimar com o medo da falha. É importante seguir em frente quando a vontade de desistir aparece. Aceitar que você merece coisas boas sem precisar se sabotar para provar o contrário.
A autossabotagem é um mecanismo de defesa que se transformou numa prisão. Você se protege tanto de dores futuras que garante um sofrimento contínuo. Reconhecer essa dinâmica é o primeiro passo para parar de ser seu próprio obstáculo. Vamos em frente, e que você possa quebrar essa corrente!

