A Evolução do Proálcool e Sua Importância no Brasil
Em 14 de novembro de 1975, o Brasil lançou o Programa Nacional do Álcool, conhecido como Proálcool. O objetivo era reduzir a dependência do petróleo importado. Essa decisão surgiu após a crise do petróleo de 1973, quando o preço do barril aumentou quatro vezes, enquanto o país produzia apenas 20% do que consumia. A situação se agravou em 1979 com um segundo choque, que dobrou os preços novamente.
A estratégia do Proálcool envolvia três frentes principais: aumentar a mistura de etanol na gasolina, exportar o excedente do combustível e usar o petróleo importado para a produção de diesel. Com isso, apenas parte dos veículos foram adaptados para funcionar com etanol, enquanto os fabricantes começaram a produzir carros que utilizavam exclusivamente esse combustível à base de plantas.
O Proálcool levou à criação de usinas focadas em produzir somente etanol, além das que fabricavam açúcar. Porém, ao final da década de 1980, uma crise interna atingiu o programa. O governo cortou subsídios e a produção de cana-de-açúcar diminuiu, resultando em escassez de etanol. Para contornar a situação, o país importou uma mistura chamada MEG, que combinava metanol, etanol e gasolina. Isso gerou filas nos postos de combustível. Embora a situação tenha se normalizado, foi apenas a partir de 2003, com o lançamento de carros flexíveis, que o etanol voltou a ganhar destaque. Esses veículos aceitam tanto gasolina quanto etanol, em qualquer proporção.
O etanol caiu nas graças da população porque também ajuda a reduzir as emissões de CO₂. Durante a fotossíntese, a cana-de-açúcar sequestra até 80% do gás carbônico, devolvendo oxigênio para a atmosfera. Isso contribui para a redução do efeito estufa e, consequentemente, do aquecimento global. Mais recentemente, o milho passou a ser utilizado para a produção de etanol no Brasil, seguindo o exemplo dos Estados Unidos, que são os maiores produtores desse combustível.
Atualmente, em média, 38% dos motores flexíveis, que fazem parte de 90% da frota de veículos leves, utilizam etanol hidratado. Além disso, a gasolina contém 35% de etanol anidro. Juntos, quase dois terços da mistura de combustível nos veículos é de origem vegetal.
É importante destacar que a produção de milho e cana-de-açúcar não compete com a produção de alimentos. Ambos os cultivos geram subprodutos. A cana-de-açúcar, por exemplo, permite o uso de bagaço, palha, vinhaça e torta de filtro. Já do milho obtenha-se farelo rico em proteínas e fibras, essencial para a ração animal.
Novidades no Mercado Automotivo: Boreal e suas Características
O lançamento do SUV Boreal pela Renault trouxe um design que se destacou e se consolidou na linha de produtos da marca. Agrade-se pela grade frontal imponente, caixas de rodas retangulares e lanternas traseiras bem projetadas. O Boreal também apresenta barras de teto discretas e maçanetas traseiras embutidas, além de janelas maiores nas colunas traseiras, proporcionando uma estética moderna.
As dimensões do Boreal são impressionantes. Com 4.565 mm de comprimento, entre-eixos de 2.707 mm, largura de 1.846 mm e altura de 1.650 mm, ele oferece um porta-malas espaçoso de 527 litros e um tanque de 57 litros. O motor turbo flex de 1,35L entrega 168 cv quando alimentado com etanol e 161 cv com gasolina, com torque de 29 kgf·m. O tempo de aceleração de 0 a 100 km/h é de 9,8 s com etanol e 10,1 s com gasolina.
Internamente, o modelo se destaca com um banco do motorista ajustável eletronicamente, que oferece recursos de massagem e ventilação na versão topo de linha. O teto solar panorâmico e o bom espaço para as pernas dos passageiros também são diferenciais. O carro inclui carregador de celular por indução e quatro portas USB-C, além de uma tela multimídia de 10,2 polegadas, que pode ser replicada no painel para melhorar a visibilidade.
Durante uma avaliação da versão Iconic em uma viagem de São Paulo a Campos do Jordão, o Boreal se destacou pela resposta rápida do motor e pela eficiência do câmbio automatizado de seis marchas. O modo Smart do câmbio adapta-se de acordo com a pressão no acelerador, oferecendo experiências de condução distintas. A direção é precisa e os freios demonstraram boa capacidade. O pacote ADAS traz 29 assistentes de segurança, completando um produto que atende às expectativas do mercado, apesar do custo elevado, que está em R$ 219.990 para a versão Iconic.
Tera: Um SUV com Foco em Segurança
No setor automotivo brasileiro, a segurança tornou-se uma exigência crescente. O Tera, um SUV de entrada, é um exemplo do comprometimento das montadoras com esse aspecto. Lançado há pouco tempo, ele já se destacou nas vendas, sendo o carro de passageiros mais vendido de outubro e o SUV mais vendido em setembro e outubro.
Com mais de seis décadas de experiência, a Volkswagen tem investido em segurança veicular. O laboratório de segurança da empresa, que realizou testes históricos com modelos como o Fusca, mais uma vez foi utilizado para o Tera. O SUV passou por rigorosos testes de colisão e obteve nota máxima em segurança, tanto para adultos quanto para crianças, de acordo com os padrões do Latin NCAP.
Além da segurança passiva, o Tera se destaca também no quesito segurança ativa, com sistemas de controle de estabilidade. Esses investimentos não apenas acolhem as regulamentações, mas também atendem à demanda crescente dos consumidores por veículos mais seguros, sem abrir mão da competitividade no preço.
Conhecendo o Novo Elétrico Geely EX2
O Geely EX2 é um carro elétrico que chama a atenção pelo seu design moderno e dimensões compactas. Com 4.140 mm de comprimento, 2.655 mm de entre-eixos e 1.800 mm de largura, ele oferece um espaço interno confortável para até cinco ocupantes. O porta-malas tem capacidade para 380 litros e há também um compartimento adicional sob o assento traseiro.
O EX2 é movido por um motor elétrico que entrega 120 cv e um torque de 16,7 kgf·m. A aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 10,9 s, desempenho adequado para um veículo urbano. Sua bateria de 39,4 kW·h proporciona um alcance médio de 294 km, conforme a média do Inmetro.
No interior, destaca-se a tela multimídia de 14,5 polegadas, que oferece recursos modernos. No entanto, a falta de conectividade com Android Auto e Apple CarPlay pode ser um ponto negativo. O porta-luvas oferece capacidade de 10 litros e os bancos de couro da frente contam com ajuste elétrico, proporcionando conforto.
Os preços do Geely EX2 estão na faixa de R$ 128.990 para a versão Pro e R$ 143.990 na versão Max.
Jetour: A Chegada da 16ª Marca Chinesa no Brasil
A empresa chinesa Jetour, parte do Grupo Chery, começou a operação no Brasil com a promessa de trazer inovação e competitividade. As entregas estão previstas para o primeiro trimestre do próximo ano. Portanto, o Brasil conta agora com 16 marcas chinesas, após a saída de duas que desistiram.
A Jetour vai começar suas operações com SUVs híbridos e prevê a construção de uma fábrica no Brasil para produzir veículos de forma semidesmontada. O portfólio inclui três SUVs: o S06, com motor 1,5 turbo de 133 cv; o T1, um modelo aventureiro com motor híbrido; e o T2, que possui um motor elétrico duplo que resulta em 230 cv e torque de 39,5 kgf·m.
A chegada da Jetour ao mercado brasileiro promete aumentar a concorrência, trazendo novas opções e tecnologia. Os preços ainda não foram anunciados, mas as expectativas são altas.
