Protestos em Tomsk contra Proibição do Roblox

    Neste domingo, a cidade de Tomsk, na Sibéria, foi palco de um protesto contra a proibição da plataforma de jogos Roblox imposta pelo governo russo. A manifestação reuniu dezenas de pessoas, que enfrentaram o frio intenso para expressar sua insatisfação. Entre os cartazes levantados, estavam mensagens como “Tirem as mãos do Roblox” e “O Roblox é vítima da Cortina de Ferro digital”.

    A proibição, anunciada pela Roskomnadzor, agência reguladora de comunicações da Rússia, ocorreu no início de dezembro. O governo justificou a medida alegando que a plataforma contém “conteúdo inadequado” que pode prejudicar o desenvolvimento moral e espiritual das crianças. Este bloqueio ocorre em um contexto em que a censura na Rússia se intensificou, com a limitação de várias plataformas de mídia social, como Facebook e YouTube. O governo tem priorizado a sua própria narrativa nas redes sociais.

    No Parque Vladimir Vysotsky, onde o protesto aconteceu, cerca de 25 manifestantes se reuniram, muitos comentando sobre o impacto da censura nas crianças e adolescentes. A discussão sobre a proibição do Roblox trouxe à tona questões sobre segurança infantil, censura e a dificuldade em acessar alternativas locais para as plataformas bloqueadas. A maioria dos jovens de Tomsk expressou suas dúvidas sobre a eficácia de tais proibições, já que é comum o uso de VPNs para contornar as restrições.

    Além disso, preocupações com a segurança na plataforma também foram levantadas por pais e educadores, que temem que jovens acessem conteúdo impróprio e possam interagir com adultos questionáveis. O Roblox, com sede na Califórnia, tem enfrentado proibições em outros países, como Iraque e Turquia, devido a preocupações semelhantes.

    A empresa, ao tomar conhecimento da proibição na Rússia, reafirmou seu compromisso com a segurança dos usuários, afirmando que possui diversas medidas de proteção para manter a plataforma segura.

    As autoridades russas defendem que essas censuras são necessárias para proteger a população de uma suposta “guerra de informação” vinda do Ocidente, que, segundo elas, ameaça os valores russos tradicionais.

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