A partir de 1º de janeiro de 2026, a rede municipal de saúde do Rio de Janeiro não irá mais emitir ou aceitar resultados de exames impressos. Essa mudança abrange laudos laboratoriais, laudos de imagem — como radiografias, ultrassonografias, tomografias e ressonâncias magnéticas — além de documentos clínicos e administrativos, que passarão a ser enviados exclusivamente em formato eletrônico. A decisão foi determinada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio).
A nova regra foi oficializada na Resolução nº 6641, publicada em 12 de dezembro, e representa uma mudança significativa nas práticas de atendimento nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade. A expectativa é que a digitalização contribua para a modernização dos processos, reduzindo custos operacionais e promovendo a sustentabilidade. De acordo com a SMS-Rio, a economia estimada com essa mudança pode chegar a R$ 2 milhões por ano, levando em consideração despesas relacionadas a papel, impressão, armazenamento e transporte de documentações.
Nos últimos anos, a rede de saúde já avançou na digitalização. Todas as unidades municipais utilizam prontuário eletrônico, o que garante que os profissionais de saúde tenham acesso a informações em tempo real. Entre as ações que facilitaram essa transição, destaca-se a plataforma Minhasaúde.rio, lançada em 2021, que permite agendamentos de consultas, acesso à carteira de vacinação e consulta a dados clínicos.
Outra novidade é o Histórico Clínico Integrado (HCI), que foi implementado em 2024 e ampliado em 2025 para toda a rede. Esse sistema coleta e centraliza informações dos últimos cinco anos, eliminando a necessidade de os pacientes levarem exames físicos às consultas.
Com a nova resolução, documentos impressos, como fax e fotocópias, não terão mais validade caso não sejam acompanhados de registro eletrônico. Os arquivos devem ser gerenciados através de canais oficiais, incluindo e-mails institucionais e aplicativos de mensagens corporativos. Além disso, a SMS-Rio informou que quaisquer documentos pessoais impressos que ainda estejam nas unidades de saúde serão devolvidos aos responsáveis legais.
