O Ministério das Relações Exteriores da Rússia desmentiu informações divulgadas pela agência de notícias Associated Press sobre a evacuação da equipe diplomática russa em Caracas, na Venezuela. Segundo representantes do ministério, essa informação é falsa.
Recentemente, as relações entre os Estados Unidos e a Venezuela se tornaram mais tensas. Em agosto, o governo do então presidente Donald Trump anunciou o início de uma operação militar na região do Caribe, com o objetivo declarado de combater o tráfico de drogas. Essa ação envolveu a mobilização de tropas e equipamentos militares, como destróieres e um porta-aviões, além de quatro mil militares.
Desde o início dessa operação, foram realizados ataques a aproximadamente 30 embarcações suspeitas de transportar cocaína, resultando na morte de mais de cem pessoas. O governo venezuelano denunciou essas ações como uma “guerra híbrida”, que, segundo eles, visa provocar uma mudança de governo no país.
Além disso, no dia 16 deste mês, Trump classificou o governo venezuelano como uma “organização terrorista estrangeira” e anunciou um bloqueio total a navios-tanque de petróleo sancionados que se dirigem ou partem da Venezuela. Ele já havia ameaçado uma intervenção militar, exigindo que Caracas devolvesse aos Estados Unidos petróleo e outros ativos que considerava “roubados”. Essas ameaças ocorreram em meio a uma estratégia dos EUA para combater o tráfico de drogas nas costas da América Central e do Sul.
As autoridades em Caracas reagiram a essas medidas, afirmando que se tratam de provocações que buscam desestabilizar a região e violar acordos internacionais sobre a desmilitarização e a neutralidade do Caribe. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, expressou preocupação com o aumento das tensões em torno da Venezuela e destacou que as decisões unilaterais dos Estados Unidos podem representar uma ameaça à navegação internacional.
