Macaé Avança no Cuidado com a Saúde da População Negra
Macaé está tomando medidas importantes para enfrentar as desigualdades na saúde. A cidade lançou o Programa Saúde da População Negra, que visa oferecer um atendimento mais qualificado e inclusivo para as pessoas pretas e pardas. Essa iniciativa destaca o compromisso com a equidade e o respeito às diferenças.
A ação ganhou destaque após o município participar do 1º Workshop Geografia da Saúde: Novas Fronteiras para a Vigilância em Saúde, realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O reconhecimento obtido nesse evento motivou o programa a desenvolver iniciativas que vão além do simples atendimento clínico, envolvendo diálogo, análise de dados e a formulação de políticas públicas mais justas.
Alinhado à Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, o programa busca entender como fatores sociais, incluindo o racismo estrutural, impactam a saúde e o acesso aos serviços de saúde. Para 2026, estão planejadas atividades como rodas de conversa sobre autocuidado nas unidades de saúde da família e seminários para a análise de dados epidemiológicos com base em raça e cor. Além disso, haverá parcerias com outras áreas, como educação e desenvolvimento social, para ampliar o alcance das ações.
Os dados disponíveis mostram a urgência dessa iniciativa. Levantamentos feitos pela rede municipal indicam que a maioria dos atendimentos e internações hospitalares envolve pessoas pretas ou pardas. Doenças como hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca, tuberculose e complicações na gestação são mais frequentes nesse grupo, evidenciando a necessidade de intervenção específica.
A Divisão de Informação e Análise de Dados, que faz parte da Vigilância em Saúde, é responsável por analisar essas informações e orientar o planejamento das ações. O objetivo é transformar esses números em estratégias efetivas, proporcionando prevenção, diagnóstico adequado e um acompanhamento humano.
O Programa Saúde da População Negra está interligado a outras iniciativas da cidade, como o Programa Saúde do Homem e ações relacionadas a doenças como Anemia Falciforme, ISTs, Tuberculose e Hanseníase. Isso reafirma que o acesso à saúde é um direito social que deve ser garantido, levando em conta as realidades e as necessidades das populações que mais precisam de atenção.
