A disputa pelo governo do Rio Grande do Sul nas eleições de 2026 promete ser bem acirrada, com pelo menos seis pré-candidatos já confirmados. Entre eles estão representantes do PSDB, PT, PDT, PL, MDB e um partido recém-registrado chamado Missão, que é vinculado ao Movimento Brasil Livre (MBL), uma sigla de extrema direita.
As eleições acontecerão em dois turnos, nos dias 4 e 25 de outubro. Assim, é esperado que, até lá, haja muitas discussões, polêmicas e intervenções nas redes sociais, incluindo a possibilidade do aumento de notícias falsas durante o período eleitoral.
O PSDB apresentou seu pré-candidato mais recente: Marcelo Maranata, atual prefeito de Guaíba, que foi reeleito com 78,18% dos votos válidos em 2024. Maranata, que tem experiência na gestão da região metropolitana, deverá renunciar ao cargo até abril para concorrer ao governo. Ele enfatizou a importância de a população cobrar diariamente os políticos, sem idolatrações. O prefeito prometeu abordar questões como a grave situação dos produtores rurais endividados e a violência contra as mulheres, afirmando que o estado deve ser um lugar seguro para as mulheres.
Em um vídeo nas redes sociais, Maranata destacou seu entusiasmo ao lado do novo presidente estadual do PSDB, Moisés Barboza. Barboza enfatizou a importância da candidatura do partido, reafirmando a história de conquistas do PSDB em eleições anteriores.
Os outros pré-candidatos incluem Edegar Pretto, do PT, que ficou a apenas 20 mil votos de alcançar o segundo turno nas eleições de 2022. O PT trabalha para formar uma aliança com partidos como Psol e PCdoB, na tentativa de recuperar o governo, que já foi liderado nas gestões passadas por Olívio Dutra e Tarso Genro.
O MDB apresentará o atual vice-governador Gabriel Souza. Apesar do apoio do governador Eduardo Leite, algumas pesquisas indicam que ele não tem se destacado, o que leva a especulações sobre uma possível desistência para concorrer a um cargo na Câmara ou na Assembleia Legislativa.
Do PDT, Juliana Brizola, neta do ex-governador Leonel Brizola, é a pré-candidata. Lançada em novembro, ela está bem posicionada nas pesquisas. Há a expectativa de que, se não avançar para o segundo turno, possa apoiar Edegar Pretto, caso ele chegue lá. Recentemente, Brizola enfrentou polêmicas relacionadas ao uso de recursos familiares, mas assegurou que possui todos os direitos sobre a administração dos mesmos.
O PL já anunciou seu pré-candidato, Luciano Zucco, um militar associado à extrema direita, que já tem alguma visibilidade nas pesquisas. No entanto, suas atitudes radicais têm gerado preocupações entre parte do eleitorado.
Por fim, o partido Missão lançou o policial rodoviário federal Evandro Augusto como pré-candidato. Seu foco será abordar questões como a dívida estadual e a segurança pública. Ele conta com o apoio de importantes figuras do MBL e teve seu registro confirmado em novembro de 2025.
Com um cenário eleitoral complexo e dinâmico, as próximas semanas prometem trazer novos desdobramentos à corrida pelo governo do Rio Grande do Sul.
