Audiência Pública sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde

    Recentemente, a Comissão de Assuntos Sociais promoveu uma audiência pública com foco nas ações, desafios e oportunidades do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Este complexo abrange um conjunto de empresas, instituições públicas e serviços que fornecem medicamentos, equipamentos hospitalares e tecnologias de diagnóstico e pesquisa, essenciais para a saúde pública.

    A audiência foi solicitada pela senadora Mara Gabrilli, do PSD de São Paulo, e pelo senador Veneziano Vital do Rêgo, do MDB da Paraíba. Durante a discussão, a senadora Gabrilli enfatizou a importância de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de uma maior autonomia tecnológica.

    Entre os especialistas presentes, Julieta Maria Cardoso Palmeira, gerente do Departamento Regional do Centro-Oeste da Financiadora de Estudos e Projetos, ressaltou a necessidade de garantir a soberania sanitária e o desenvolvimento tecnológico. Ela também destacou a reestruturação do Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia como uma medida crucial para a inovação no setor.

    Igor Ferreira Bueno, diretor do departamento do Complexo Econômico-Industrial e de Inovação para o SUS, alertou sobre a dependência do país de produtos importados, que pode afetar a balança comercial. Para ele, o poder de compra do SUS é fundamental para impulsionar o desenvolvimento tecnológico. Ele declarou que o objetivo do Ministério da Saúde é criar um ciclo que integre a infraestrutura do Complexo Econômico-Industrial da Saúde com as capacidades científicas do país, promovendo inovação e sustentabilidade no SUS.

    Andrey Vilas Boas Freitas, presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina e Biotecnologia, pediu esforços para fortalecer a indústria farmacêutica brasileira e sugeriu a criação de mecanismos que aproximem a academia do setor industrial.

    Thiago Moraes, coordenador-geral de Ciências da Saúde do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, apontou que, apesar das contribuições significativas do país na pesquisa científica, a baixa taxa de inovação impacta negativamente o setor. Ele solicitou modelos de financiamento mais ágeis e práticos para apoiar o desenvolvimento de biotecnologia. Moraes também destacou a necessidade de infraestrutura e de uma estratégia regulatória que permita que projetos de pesquisa sejam desenvolvidos com foco na aprovação de registros na Anvisa.

    Além dos senadores e especialistas, a audiência contou com representantes de sindicatos e associações da indústria farmacêutica e da biotecnologia, bem como acadêmicos envolvidos em pesquisas.

    Esta discussão evidencia a urgência de avanços e soluções para os desafios enfrentados na área da saúde, reiterando o papel vital da inovação e integração entre os diferentes setores envolvidos. Para acompanhar futuros eventos relacionados, você pode acessar eventos.

    Share.