Após um tempo sem avanços, a Transnordestina Logística (TLSA) deu um passo importante ao protocolar a documentação necessária para obter a Licença de Operação (LO) junto ao Ibama. Essa nova etapa foi apresentada por Alex Trevisan durante a Expolog 2025. Conquistar essa licença é essencial para que possa realizar a viagem inaugural da ferrovia, prevista para outubro, mas que havia sido adiada por questões técnicas e ambientais.

    Quais exigências o Ibama faz para liberar a Licença de Operação?

    Para receber a Licença de Operação, a Transnordestina precisa resolver algumas pendências relacionadas a documentos e à segurança. Uma das principais exigências é a aprovação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Além disso, como a ferrovia pode impactar comunidades quilombolas, o aval do Incra também é um passo necessário.

    O Ibama solicita respostas detalhadas sobre como a operação da ferrovia irá respeitar os protocolos ambientais. Para isso, as informações são analisadas à luz do Plano Ambiental de Operação (PAO) e em conformidade com normas já estabelecidas.

    Como funciona o processo para obter a liberação ambiental?

    Depois de enviar a documentação, o processo passa por várias etapas técnicas e administrativas antes de chegar a uma decisão final. A análise começa com a conferência da documentação enviada, seguida pela avaliação dos aspectos ambientais e de segurança.

    Após essa etapa inicial, podem ser realizadas vistorias e pedidos por informações adicionais. Aqui está um resumo das fases desse processo:

    • Conferência da documentação;
    • Avaliação técnica dos estudos ambientais;
    • Possíveis vistorias no local;
    • Elaboração de um parecer técnico que recomenda aprovação, reprovação ou complementação;
    • Publicação da decisão final, que pode incluir ou não a licença.

    Quais os impactos do início da operação da Transnordestina?

    A espera pela operação da Transnordestina é grande, pois deve trazer um impulso econômico significativo para o Nordeste. O primeiro trecho a ser ativado vai conectar o sul do Piauí ao Centro-Sul do Ceará, facilitando o transporte de grãos e ligando os produtores ao Porto do Pecém.

    Isso vai melhorar bastante a logística na região, tornando o escoamento do agronegócio mais eficiente. A TLSA também tem planos de antecipar algumas obras estratégicas entre Eliseu Martins e Itaueira, no Piauí. Confira alguns detalhes sobre a ferrovia:

    Característica Dados / Detalhes
    Extensão total prevista Aproximadamente 1.753 km.
    Extensão atual considerada Cerca de 1.206 km entre Eliseu Martins (PI) e o Porto de Pecém (CE).
    Estados envolvidos Piauí, Ceará e Pernambuco.
    Bitola / tipo de via Utiliza bitola larga (1.600 mm).
    Tipos de carga previstos Grãos agrícolas, minérios, gesso, combustíveis, cimento e mais.
    Capacidade de transporte estimada Até 30 milhões de toneladas/ano.
    Status da obra Trecho principal em construção; começou o transporte em fase de testes em 2025.
    Principais objetivos Escoar a produção agrícola e mineral, conectar regiões a portos, reduzir custos logísticos.
    Impacto esperado Aumento da competitividade, atração de investimentos e dinamização da economia regional.

    Quais perspectivas futuras existem para a ferrovia Transnordestina?

    Com a liberação da Licença de Operação, espera-se que a infraestrutura ferroviária no Nordeste, que sempre foi pouco desenvolvida, ganhe força. A TLSA projeta que o processo avance no primeiro trimestre de 2026, permitindo que as operações comecem de fato e contribuam para o crescimento regional.

    A expectativa de entrega antecipada de alguns trechos reflete a urgência de melhorar a malha logística no Nordeste e aproveitar melhor os recursos econômicos das áreas impactadas. Recentemente, o prefeito do Recife, João Campos, compartilhou novidades sobre os avanços nas obras, mostrando o quanto a movimentação está a todo vapor.

    FAQ sobre a ferrovia Transnordestina

    • Por que o Ibama negou inicialmente a Licença de Operação? A licença foi negada por pendências técnicas, como a falta de aprovação do Programa de Gerenciamento de Riscos e a não consulta às comunidades quilombolas afetadas.

    • Quais impactos ambientais a ferrovia pode causar? A Transnordestina pode gerar mudanças em ecossistemas, deslocamento de comunidades e perturbação da fauna, por isso é necessário um rigoroso acompanhamento ambiental.

    • Qual é a importância da ferrovia para a economia local? A ferrovia irá conectar áreas produtoras de grãos a portos de exportação, reduzindo custos de transporte e aumentando a competitividade do agronegócio na região.

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