Trump e a Proposta de Megatúnel entre Alasca e Rússia

    Recentemente, durante uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, Donald Trump mostrou interesse por uma proposta singular: a construção de um megatúnel submarino que ligaria o Alasca à Rússia. Essa ideia, apresentada pelo enviado econômico do Kremlin, Kirill Dmitriev, merece um olhar mais atento.

    O Encontro e a Curiosidade de Trump

    Na sexta-feira, dia 17 de outubro de 2025, Trump foi questionado pelos repórteres sobre a proposta do túnel. Em resposta, ele declarou: “Um túnel da Rússia ao Alasca. Isto é […] interessante.” Ele revelou que havia acabado de tomar conhecimento da ideia e perguntou a Zelensky o que ele achava disso. O presidente ucraniano, no entanto, não pareceu muito animado e respondeu de forma breve: “Não estou contente com isso.” A resposta gerou risadas entre os presentes no encontro.

    A Proposta do Megatúnel

    A ideia do megatúnel entre o Alasca e a Rússia não é tão nova. Dmitriev afirmou que sua origem remonta à Guerra Fria e mencionou a possibilidade de uma “ponte de paz” entre as duas regiões. Em uma postagem na plataforma X, ele divulgou um gráfico que ilustra a rota do túnel submarino, que deve passar sob o Mar de Bering.

    O projeto se estenderá por 117 quilômetros e estima-se que seu custo seja inferior a 8 bilhões de dólares, equivalente a cerca de R$ 43,5 bilhões. Além do seu valor alto, o investimento também traz à tona questões sobre viabilidade e impacto.

    Tecnologia Moderna de Construção

    Dmitriev acredita que, com a tecnologia atual, o projeto pode ser viável. Ele mencionou a The Boring Company, empresa de Elon Musk especializada na construção de túneis urbanos, como uma das responsáveis pela execução da obra. Essa empresa tem se destacado por suas inovações no transporte subterrâneo, buscando tornar a construção de túneis mais eficiente e menos custosa.

    Elon Musk e sua Contribuição

    A The Boring Company está sempre em busca de novas soluções para problemas de transporte, oferecendo uma abordagem moderna e inovadora. A proposta do túnel submarino não é a primeira vez que Musk se envolve em ideias grandiosas, o que mostra sua disposição para participar de projetos de grande escala.

    Durante as discussões, Dmitriev sugeriu que o túnel poderia ser chamado de “túnel Putin-Trump”, simbolizando uma nova relação entre a Rússia e os Estados Unidos. Essa denominação provocou risadas, mas também levanta dúvidas sobre as relações internacionais e como elas podem ser afetadas pela colaboração em projetos desse tipo.

    Desafios e Considerações

    Embora a ideia do megatúnel seja intrigante e promissora, é importante considerar diversos fatores. A construção de um túnel submarino dessa magnitude envolverá questões técnicas complexas, como geologia, construção e custos operacionais. Além disso, as relações políticas entre os países poderão influenciar diretamente a realização do projeto.

    A proposta ainda levanta questões sobre segurança, logística e impactos socioeconômicos. Um projeto dessa natureza poderia criar novas rotas de transporte, mas também traria desafios no que diz respeito à segurança, tanto operacional quanto política.

    Impactos Potenciais

    Se concretizado, o megatúnel poderia facilitar o transporte de mercadorias e pessoas entre os dois países, criando novas oportunidades comerciais. Além disso, poderia impulsionar o turismo, permitindo a movimentação simplificada de cidadãos entre a Rússia e os Estados Unidos.

    Por outro lado, é preciso lembrar que projetos dessa magnitude têm um custo elevado e demandarão aprovação de muitos órgãos, além de inspeções rigorosas em relação a efeitos ambientais, que não podem ser ignorados.

    Conclusão

    A proposta de um megatúnel submarino entre o Alasca e a Rússia é uma ideia que, apesar de parecer improvável, reflete a curiosidade e a disposição para novas conexões. A conversa entre Trump e Zelensky mostra o quanto é crucial manter diálogos sobre grandes projetos de infraestrutura, especialmente em tempos de desafios políticos.

    O futuro dessa proposta dependerá de muitos fatores, incluindo a colaboração entre nações, o interesse de investidores e a viabilidade técnica. Enquanto isso, o mundo permanecerá observado, curioso e questionando: será possível transformar essa ideia em realidade?

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