A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve dos Estados Unidos, marcada para os dias 9 e 10 de dezembro, gera grandes expectativas nos mercados globais. O foco está na possibilidade de redução das taxas de juros nos dois países, o que poderia sinalizar um cenário mais otimista para 2025.
No Brasil, a expectativa é que o Copom mantenha a taxa Selic em 15%, como já ocorreu nas últimas três reuniões. No entanto, os analistas estão atentos ao comunicado do Banco Central para entender os próximos passos da política monetária. A pesquisa recente apontou que o mercado financeiro acredita na possibilidade de um corte nas taxas a partir do primeiro trimestre do próximo ano. Enquanto 19 economistas preveem que isso possa ocorrer em março, 14 apostam em janeiro e três acreditam que será em abril.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou recentemente que sinais mistos na economia tornaram essencial uma abordagem cautelosa por parte da instituição. O Copom também deve considerar a desaceleração da economia, evidenciada pelos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que não atingiram as expectativas.
Em relação ao Federal Reserve, os indicadores econômicos apontam um aumento das expectativas de um corte na taxa de juros. Após uma sequência de sinais positivos, como o aumento de 0,3% nos gastos do consumidor em setembro, as chances de diminuição da taxa se aproximam de 87%. Essas expectativas mudaram significativamente nas últimas duas semanas, quando a probabilidade estava abaixo de 30%.
As bolsas de valores americanas, como Wall Street, apresentaram alta na sexta-feira, dia 5, impulsionadas pela confiança dos investidores em um corte das taxas durante a próxima reunião do Fed. O otimismo é evidente e reflete a crescente certeza de que medidas de afrouxamento monetário estão a caminho, o que pode afetar os mercados de forma positiva.
As decisões do Copom e do Federal Reserve serão cruciais para moldar o cenário econômico nos próximos meses, tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos.
