Na semana passada, uma operação policial nas comunidades da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, gerou intensos debates sobre o combate ao tráfico de drogas no Brasil. A ação, que contou com a participação das forças de segurança do estado, resultou em mais de 100 mortes, tanto de supostos integrantes do tráfico quanto de policiais.
A polarização da sociedade ficou evidente. Enquanto a esquerda criticou a abordagem da polícia, apontando para a alta mortalidade e possíveis excessos na ação, a direita, incluindo o governador Claudio Castro, celebrou a apreensão de grandes quantidades de drogas e armamentos, como fuzis, e a prisão de vários suspeitos.
Diante desse cenário, a vereadora Karen Santos, do PSOL de Porto Alegre, entrou na discussão de maneira controversa. Ela se referiu aos traficantes como “trabalhadores” e sugeriu a regulamentação do comércio de drogas, propondo que essa atividade fosse tratada como uma indústria, com a arrecadação de impostos sobre a venda.
Karen argumentou que as drogas devem ser vistas como mercadorias comuns e que, para enfrentar o problema das drogas, a solução seria a regulamentação do setor. Em seus comentários, ela ressaltou a condição de exploração dos trabalhadores envolvidos em todas as etapas da cadeia produtiva das drogas, desde a plantação até a venda nas comunidades.
A declaração da vereadora adiciona uma nova camada às discussões sobre segurança pública e políticas de drogas, revelando o quanto o tema ainda provoca divergências significativas na sociedade brasileira.
